quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Poema


Dança das latas


Centenas, milhares de latas...
Formigas, moscas e baratas.

É mulher a correr apressada,
Tentando chegar à calçada,
Todos os digas pega de surpresa
pelos homens da limpeza

Eles, grandes guerreiros,
trabalham dias inteiros,
Levam pra dentro do caminhão,
Aquilo visto imprestável
E entretanto é aproveitável.

Admira ver todos os dias
Coisas de valor juntando-se à porcarias.
Os garis ajuntam em sacos,
Se não podem varrem os cacos
Lá se vão objetos levados
Que poderiam ser reciclados.

Será tudo descarte?
O plástico, o alumínio, o vidro que parte?

Bem vinda a ecologia, a paisagem...
Por que não a reciclagem?
Do velho ao garoto,
ajuda há de ter, de cada um, um pouco
O tema é catar,
tudo que conseguir ajuntar.

Se olharmos o aspecto financeiro
É forma de ganhar dinheiro.
Cresce o poder do salário,
De quem nasceu operário.
Auxilia a quem tem
E a quem quer ganhar também.


Em cidade do interior paulista,
Se contar ninguém acredita...
Uma escola viu como ciência,
A força de vontade e paciência,
Um laboratório montou,
Com as sucatas que acumulou.

Veja bem - se não me engano...
Parece ser do "lixo" o gás metano!

No que concerne ao meio ambiente:
Cidade limpa faz bem a gente.
No que diz a lei municipal:
"Lixo" - a céu aberto - faz mal.
Não é um tanto esquisito
Ver gente morrer por este ou aquele mosquito?

Idéia, criatividade e propostas,
Merecem respostas.
Tem de ser importante...
Devem ser passadas adiante...
Porque flagelos como dengue e cólera
São na natureza lançados a toda hora.

(Rosangela Aparecida França Neves)

Um comentário:

Andréa von Linsingen disse...

MARAVILHOSO o poema! Parabéns!